campanhas / destaque_home / escola / parceria / 5 de julho de 2018

Precisa comprar tudo novo de novo?

O primeiro semestre do ano se foi. As crianças estão de férias. As férias do meio de ano não são tão exigentes quanto as de verão. Não precisamos comprar livros didáticos e grandes quantidades de material de papelaria. Não precisamos tomar decisões sobre que escola, que turno, que atividades extracurriculares eles farão, nem preencher contratos. Ainda assim, tempo é escasso e nem sempre conseguimos verificar o que temos em casa e o que pode ser reaproveitado.

O contrário do consumismo, que combatemos aqui no Milc, é o consumo responsável, sustentável e consciente. Quando falamos em materiais escolares, que muitas vezes são exigidos pela escola de maneira exagerada, falamos de uma lógica de consumo de produtos industriais de massa, sem alternativa ao que é feito em casa ou produzido localmente.

Podemos ousar mudar essa lógica consumista gastando menos dos nossos recursos financeiros e os recursos do planeta. Por isso, desenvolver um pensamento reflexivo em relação ao consumo é fundamental. No que toca aos materiais escolares, envolver as crianças nessa “brincadeira” é fundamental para reforçar alguns dos princípios básicos da sustentabilidade.

Podemos tentar desapegar da mania de consumo com uma reorganização do material disfarçada de brincadeira. A “brincadeira” começa com a separação e categorização de todos os materiais existentes na casa: separar lápis de cor, canetas hidrográficas, giz de cera, borrachas, colas, potes de tintas diversas, etc. Com todos estes conjuntos dispostos numa superfície onde possam ser vistos no conjunto, pegue a lista dos materiais solicitados pela escola ou pelo estudante, compare e vamos lá:

A brincadeira do consumo responsável:

1. Refletir/Repensar: O primeiro passo é fazer uma reflexão sobre as necessidades reais e imaginárias. Afinal, se tenho tantos materiais em condições de uso, por que preciso de novos? Mecanismos criados pela sociedade de consumo levam a compras sem reflexão, realizadas da maneira mais impulsiva possível. O que me motiva a querer tudo novo de novo? Sinto vergonha dos meus colegas por estar reaproveitando materiais? Quem presta atenção nisso, afinal? No caso do material escolar a “emoção” de chegar com tudo novinho é boa, mas será que essa satisfação vale o quanto custa para o bolso e para o planeta? Materiais com matérias-primas renováveis, por exemplo, podem proporcionar diálogo e aprendizado. Confira no link algumas ideias da Mercur: http://bit.ly/Renováveis.

2. Recusar/Reduzir: depois de uma primeira reflexão, de separar aqueles materiais que estão em condição de uso, a próxima etapa passa a ser: desta lista o que posso deixar comprar? E assim vamos dizendo “não”, e reduzindo a lista inicial de compras. Que tal fazer uma volta às aulas lixo zero? Veja aqui algumas dicas: http://bit.ly/1anosemlixo.

3. Reutilizar: Sabendo que existem materiais em condições de uso em casa, o próximo passo é cuidar para que eles estejam bem organizados. Lápis de cor apontados e dispostos em copos, por exemplo; borrachas limpas com álcool; folhas em branco de cadernos de anos anteriores transformadas num novo caderno ou bloco, e por aí vai. Márcia Murillo, pedagoga que atua na empresa Mercur, ressalta: “Repensar nossas práticas cotidianas é fundamental para vivermos de forma mais equilibrada e sustentável. Precisamos evitar o desperdício, ou seja, tudo aquilo que não é necessário levar na mochila”. Confira algumas dicas: http://bit.ly/Repensando.

4. Repassar: Nesse momento de organização é possível que existam materiais repetidos em excesso e nos demos conta de que não há motivos para manter esses itens em casa. Que tal organizar uma tarde de escambo com outros colegas para ver se é possível reduzir ainda mais aquela lista de compras? Que tal doar para alguma família ou instituição que necessite de materiais escolares e de arte?

5. Reciclar: Durante a arrumação encontraremos materiais sem condições de uso. Pequenos pedaço de giz de cera, em forminhas, no forno podem se transformar em blocos de cera coloridos e divertidos, por exemplo. A utilização do giz de cera no processo de aprendizagem permite à criança expressar sua criatividade e também contribui para o desenvolvimento motor e cognitivo. Confira como reaproveitar o giz de cera: http://bit.ly/coresmercur.

6. Responsabilizar-se: Depois de todo o percurso ainda haverá itens que devem ser descartados e o lixo comum não deve ser o destino natural desse tipo de material. O brasileiro, de modo geral, ainda não dá atenção ao descarte adequado e responsável dos seus resíduos, mas essa é uma consciência que precisamos começar a desenvolver junto com as crianças. Pesquise se na sua cidade há estações de coleta de resíduos. Explique para onde vai o que é descartado e quanto tempo precisa para se decompor. Se há essa opção, porque não escolher um momento para ir até lá e mostrar como funciona?

7. Respeitar: Ao final da brincadeira, teremos desenvolvido junto das crianças um pouco mais o respeito não apenas pela nossa própria renda (nosso trabalho, nosso esforço), mas pelo planeta. No próximo semestre, será mais fácil entender de que o produto sustentável é, na maioria das vezes, o que já está em nossas mãos. Aproveitar o material escolar ao máximo é um sinal de respeito pelo planeta.

Compartilhe com a gente!  Você tem outras dicas de reaproveitamento de materiais escolares, faz algum tipo de brincadeira como esta em casa? Conte nos comentários ou poste sua dica nas redes sociais com a hashtag #eureaproveito e faça parte desse movimento de consumo sustentável e responsável promovido pelo Milc e pela Mercur.

(*) Esta é mais uma ação do Milc com apoio da Mercur – Antes que alguém diga: “Ué, mas vocês não são contra as marcas? Como podem estar falando de uma marca agora?”. Quem nos conhece já sabe que entendemos que os valores humanos devem estar acima dos interesses das empresas. É esta nossa visão e ela permeia este post aqui. Para saber mais sobre parceria Milc-Mercur, clique aqui e aqui. Para conhecer sobre a Mercur, clique aqui.

 

 


Tags:  #eureaproveito consumismo consumo consciente dicas educação educação para o consumo escola material escolar Mercur publicidade infantil reaproveitamento de materiais

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