publicidade de alimentos / 6 de setembro de 2012

Pelo direito de escolha: a saga dos transgênicos

Texto especial para o Milc de Mariana Farias Castro Ferreira

Vi um post na fan page do Infância Livre de Consumismo sobre os rótulos de produtos enganosos, e fiquei com vontade de compartilhar minha indignação sobre um outro assunto deste campo “alimentício”.

Recentemente vi uma matéria na internet sobre os produtos que são feitos a partir de milho transgênico disponíveis no mercado: para informar o consumidor que o produto é de origem transgênica, as empresas só precisam colocar minúsculos “Ts” no cantinho da embalagem, onde ninguém vê, sabem?

Eis que fui ao mercado semana passada, e na lista estava o fubá para fazer uma polentinha para minha pequena. Peguei o pacote da marca que estou habituada a comprar, e lá no cantinho estava ele, o “T” de transgênico. Fiquei indiginada! Fui logo partindo pro fubá da concorrente, e lá estava o “T”. Parti pra terceira marca disponível no mercado, e advinha? Lá estava o T do transgênico.

Saí do mercado revoltada. Como eu não tenho o direito de comprar um fubá feito de milho de lavoura, sem modificações genéticas, para fazer a polenta da minha filha? Por que eu sou obrigada a comprar uma coisa que eu não quero que faça parte da alimentação dela?

O que eu gostaria é que todas as mães e mulheres, e todos aqueles que fazem compras, saibam o que estão colocando em seus carrinhos, que possam atentar para os pequenos “Ts” das embalagens e que possam fazer uma escolha. Assim como eu fiz: não comprei o fubá. Agora estou à procura de uma alternativa não transgênica. Se alguém souber, favor avisar!

Só para complementar: depois desse episódio, encontrei o T do transgênico em muitos outros alimentos: cereais matinais, preparo para mingau e salgadinhos. Todos alimentos direcionados para consumo do público infantil.

Até pouco tempo tempo atrás, os transgênicos eram proibidos aqui no Brasil. Mas, ao que me parece, foram liberados – na surdina, eu diria – e por alguns anos os consumimos sem saber. Me parece que a lei que exigiu a rotulagem surgiu em 2008, mas que muitos não cumprem, e existe um projeto tentando acabar com a mesma.

Na Europa eles estão cada vez menos em circulação: França, Alemanha, Hungria e Polônia já se declararam livres de transgênicos. Geórgia também. Em Portugal e Espanha, estão prestes a extingui-los.

Sobre o que me faz não gostar de transgênicos: eles são cheios de riscos à saúde, podem causar alergias, resistência a antibióticos e sabe Deus mais o que, pois não há estudos. Ambientalmente eles causam contaminação genética irreversível, o que pode ocasionar a extinção de espécies endêmicas ou silvestres.

Para quem quiser saber mais sobre o assunto, seguem algumas sugestões de sites que trazem mais argumentos contra os transgênicos:

http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/cidadao/alimentostrans.htm

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Transgenicos/

http://www.istoe.com.br/reportagens/37115_GRAOS+DA+DISCORDIA

http://www.cidadaoativo.com.br/alimentos/229-transgenicos-proibidos-em-diversos-paises.html


Tags:  direito à informação direitos do consumidor transgênicos

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Mariana Sá




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