Já estamos em outubro e o Dia das Crianças está quase aí. Na semana passada lançamos uma campanha convidando todos a refletirem conosco sobre o papel do presente neste dia. O que é essencial para a criança: o brinquedo ou as brincadeiras que ele pode proporcionar? O valor monetário do presente ou os momentos passados em família, montando um quebra-cabeça, brincando com um jogo ou um boneco?
Ao que parece, muitos também estavam pensando nesse assunto, já que a repercussão do nosso convite à reflexão está sendo enorme. Assim como a adesão a um outro movimento, lançado pelo Instituto Alana e “adotado” pelo Infância Livre de Consumismo: a realização das feiras de troca de brinquedos.
A ideia das feiras de troca de brinquedos é tirar o foco do “comprar” e apresentar alternativas aos pais e às crianças. É trazer para o nosso cotidiano um conceito muito badalado ultimamente: o da reutilização. Reaproveitar, trocar e, de quebra, confraternizar: em um mundo que não procura facilitar as relações humanas (reais, não virtuais) e em que a dependência do outro é considerada uma falha grave (mas quem não precisa de apoio e conforto?), o sucesso da ideia das feiras de troca é um lembrete de que não encontramos tudo o que precisamos para viver nas prateleiras das lojas e supermercados.
O que estamos ensinando às nossas crianças – e o que estamos aprendendo – ao participar de feiras de troca? Relatos de quem já organizou essas feiras nos mostram que, muitas vezes, são os pais que aprendem com os filhos sobre o verdadeiro valor das coisas. Afinal, seu filho pode resolver trocar seu brinquedo por outro de valor monetário menor. O que eles estão nos ensinando nesse momento? Que valor não passa necessariamente por quanto algo custou, mas sim pelo significado que atribuímos ao objeto. E este significado inclui as lembranças dos momentos, das risadas, das companhias, da presença e tudo o mais que o brinquedo pode proporcionar. Precisamos permitir que as crianças vivenciem uma experiência em que elas digam o valor daquilo que têm e daquilo que querem.
E é por isso que o Infância Livre de Consumismo abraçou a ideia do Alana. E reiteramos o convite: no dia 6 de outubro, leve sua família a uma dessas feiras. Elas acontecerão por todo o Brasil, e a maioria conta com programação além da troca propriamente dita: oficinas de brinquedos, contadores de história, música… Se na sua cidade ninguém organizou uma, ainda dá tempo! Use a internet, sua rede de amigos, convide as pessoas para esta conversa. Não precisa ser um evento grande, só alegre e participativo! Deixe que as crianças comandem a troca, aprenda com elas.
Vamos fazer um dia das crianças realmente diferente?
Procure a feira do Infância Livre de Consumismo mais próxima de você ou consulte o mapa do Alana.
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