destaque_home / escola / parceria / publicidade infantil / 26 de janeiro de 2018

Volta às aulas livre de consumismo

Todo início de ano é a mesma coisa: lista de material escolar em mãos e a procura por informações que auxiliem a nós, mães e pais, a fazer compras que caibam no bolso, causem menos impacto,  sejam coerentes e, de preferência, com baixo teor de publicidade.

Aqui no Milc somos 3 mães com filhos em idade escolar: Debora tem 3; Mariana, 2 e Vanessa, 1. Além disso, Debora também é professora, ou seja, acabamos ficando “experts” no quesito compra de material escolar. Pensando nisso, elaboramos algumas dicas para uma volta às aulas livre de consumismo :

1 – Nada de lista de material gigantesca!

Se a lista de material escolar  estiver quilométrica acione o sinal de alerta. As escolas são proibidas por lei de exigir itens de uso coletivo na lista ou de cobrar taxas adicionais por eles.  

A legislação proíbe também pedir material de uso coletivo “Será nula cláusula contratual que obrigue o contratante ao pagamento adicional ou ao fornecimento de qualquer material escolar de uso coletivo dos estudantes ou da instituição, necessário à prestação dos serviços educacionais contratados, devendo os custos correspondentes ser sempre considerados nos cálculos do valor das anuidades ou das semestralidades escolares.” ( art,1 & 7 da Lei 9.870/99)

Material em excesso também é considerado abusivo e a escola não pode pedir material de marcas específicas ou determinar que os pais comprem o material em uma papelaria em especial.  Na dúvida, consulte o Procon de sua cidade.

Para consultar uma lista com 60 produtos que não podem constar da lista de material escolar clique aqui

2 – Reaproveitar é sempre boa ideia!

Muitas vezes, o que a mochila e o estojo precisam é só de água e sabão. O modo mais fácil é deixar de molho e depois colocar na máquina de lavar.

Antes de sair comprando tudo novo, que tal dar uma olhada no que sobrou? Aqueles 2 cadernos espiral usados pela metade podem se transformar em um caderno novo! Se você tiver um pouquinho de habilidade , tempo ou quiser uma experiência divertida com seus filhos, ainda pode arriscar uma personalização.

Este vídeo mostra como a encadernação pode ser fácil:

 

3 – Organize uma feira ou grupo de trocas de materiais, livros didáticos e uniformes!

Vale à pena conversar com a escola e tentar organizar uma feira de trocas. Todos os pais estão no mesmo barco, reutilizar é legal e o meio ambiente agradece. Já existem grupos de troca de material escolar  e uniformes nas redes sociais.  Se na escola dos seus filhos ainda não existir um grupo, que tal começar um?

5 – Parceria é a solução!

Depois da lista revisada (excluindo os itens proibidos por lei e os já reaproveitados ou trocados) é hora de ir às compras e isso é inevitável. Uma vez diante das prateleiras o que podemos fazer?

– Pesquisar os preços entre as papelarias;

– Reunir um grupo de compras e fazer compras no atacado. Além de redução de custos ainda estimula a formação de vínculos e dá um bom exemplo de cooperação entre famílias para as crianças,  competição;

– Buscar mais uma vez a parceria da escola e estimular compras coletivas de itens que as crianças podem usar em conjunto como tintas, pincéis, giz de cera… Assim, é possível reduzir a quantidade de embalagens.

5 – Fuja dos licenciados!

Nem precisamos lembrar o bombardeio que é a publicidade de material escolar com personagens.

O apelo da publicidade de produtos licenciados é cruel com crianças: difunde uma ideia de que eles serão muito mais legais, populares, inteligentes se tiveram o kit completo de materiais do personagem “x”. Que criança não quer se sentir assim na escola? Sabemos, porém, que isso não existe. Ninguém fica ” mais legal’ por ter um produto licenciado.  Esse tipo de publicidade gera ansiedade na criança e estresse familiar, já que não é algo acessível a todos, o preço é praticamente o dobro, além de incentivar o consumismo ( compras desnecessárias ). Quando verificamos o valor de um produto devemos levar em consideração a qualidade, durabilidade e não a presença de personagens.

Vamos falar a verdade: qual a função de uma borracha? Apagar bem!!! Borracha que apaga bem para podermos começar tudo de novo, não precisa de personagem. 

6 – Compre de empresas com responsabilidade social e ambiental!

Para nossa alegria existem empresas realmente preocupadas em produzir materiais de qualidade e com responsabilidade social. Um exemplo é a Mercur que desde 2011 optou por não vender mais produtos licenciados, pois entendeu que os personagens geram mais consumo e confundem a percepção das pessoas sobre a real necessidade e utilidade desses produtos. Há muito tempo, a empresa deixou de fazer propaganda, preferindo optar por construir, com os veículos que a procuram, uma relação em que seja possível falar sobre conteúdos que façam sentido para a evolução da educação e da saúde. 

 

* Este é um publieditorial – Antes que alguém diga: “Ué, mas vocês não são contra as marcas? Como podem estar falando de uma marca agora?”,  quem nos conhece já sabe que entendemos que os valores humanos devem estar acima dos interesses das empresas. É esta nossa visão e ela permeia este post aqui. Para saber mais sobre parceria Milc-Mercur, clique aqui. Para conhecer o site da Mercur, clique aqui.

 


Tags:  consumismo consumo consciente dicas educação educação para o consumo escola material escolar Mercur publicidade infantil reaproveitamento de materiais

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