13 de setembro de 2012
Recebemos a sua carta aberta.
Vale alguns esclarecimentos, que, com prazer, faço aqui para vocês.
A matéria a que você (ou vocês) se referem foi publicada no site e também na revista. Ela é apenas parte de toda uma campanha, “Culpa não”, um conjunto de ações matérias de cunho exclusivamente jornalístico, da nossa responsabilidade e criação, que incluem a revista, a versão dela para tablets, o nosso site, nossa página no Facebook e também uma página nova, criada no Facebook, chamada é claro, “Culpa, não”!
Nossa intenção é, a cada mês, discutir temas complicados e justamente polêmicos, que geram na culpa e insegurança na mãe, como o uso das papinhas, e conversar com as mães sobre isso. Para isso, lançamos o tema com uma matéria grande na revista, uma outra seção visual, também identificada com o selo “Culpa, não”, que desenvolve o tema, seguido da republicação desta mesma matéria no site e Ipad. A partir daí, passamos o mês inteiro no debate, tanto no face quanto no site, e é onde para nós começa o que é realmente rico e interessante jornalisticamente: as mães conversam., contam suas histórias, publicamos matérias, entrevistamos especialistas de TODAS as opiniões e o espaço fica assim aberto para o DEBATE.
No final de cada mês, convidamos as mães que se inscrevem livremente para almoçar com a gente e bater um papo ao vivo. Fazemos um vídeo (que também fica a disposição na internet) com a conversa, onde eu atuo como mediadora e procuramos sempre chamar pessoas de opiniões e posturas diferentes para APRENDER, OUVIR e trocar opiniões. Desse almoço, escolhemos um das mães, vamos visitá-la, fazemos outro vídeo, e uma matéria para a revista onde mostramos a vida dela, como é a lida na educação, sempre na pegada de mostrar como mães de verdade, de carne e osso, com características diferentes, lidam com a criação dos filhos, seus medos e culpas.
O “Culpa, não” portanto não é uma matéria só, mas um conjunto delas. O Primeiro tema foi papinha. Depois já falamos de obesidade, de amamentação, no mês que vem vamos falar sobre trabalhar fora. Temas que provocam culpa, d[úvida, medo desinformação e muito, muito patrulhamento.
Nós da Pais e Filhos achamos injusto a cobrança de uma posição só. Existem muitas maneiras saudáveis de criar um filho. Uma mãe que não consegue amamentar, por exemplo, não merece ser patrulhada e julgada antes mesmo de ser ouvida. Muitas vezes, a amamentação se torna impossível, e a pessoa não é menos mãe por causa disso.
Defendemos sim, o direito da pessoa – a mãe , a família – conhecer o que existe, em todos os lados de uma mesma questão. As Começamos com as papinhas justamente por ser tão controverso. Vamos ver como é isso, ir mais fundo?
Não, não é publicidade. É editorial. E é o que acreditamos. Detestamos patrulha. Seja para que lado for.
A idéia, que se revelou ser uma idéia de sucesso, é justamente criar um espaço onde as pessoas possam colocar suas opiniões livremente.
Não queremos que ninguém concorde com a gente. Queremos é falar, ouvir, aprender, discutir.
Como você fez.
E com respeito. Que é como trabalhamos.
Você (ou vocês) estão convidados a vir aqui a hora que quiserem ver a informalidade com que são feitos nossos encontros, muito ricos, cheios de boas conversas. Vão ver os presentes que damos (este ultimo mês foram livros, por exemplo) que também varia conforme o tema do mês…
Não fazemos publicidade oculta, mas a Nestlé, a que você se refere é nossa anunciante, sim. E são nossos anunciantes justamente porque respeitam a nossa independência editorial.
Tudo o que colocamos na revista é muito claro. Quando tem patrocinio, é dito. Com selos, retrancas, etc. Inclusive não temos o menor problema de fazer projetos casados, como a campanha com a Fisher e Price, por exemplo.
O recado que queremos passar é: mãe, seja você. Cuide do seu filho com responsabilidade. E não tenha culpa demais, que só atrapalha.
Obrigada pela carta.
Monica Figueiredo
Tags: culpa não Pais & Filhos