Nem estamos em outubro e a publicidade diz que o Dia das Crianças está quase aí, precisam acelerar o tempo, nos deixar ansiosos e assim, quem sabe vender um pouco mais. O movimento de defesa da infância também acelerou e lançou também neste mês a convocação para o segundo ano de Feiras de Trocas de Brinquedos. Se eles falam em comprar, nós falamos em trocar!
No ano passado as Feiras de Trocas de Brinquedos foram um sucesso e colaboradores do Movimento Infância Livre de Consumismo, espalhados neste Brasil atenderam a convocação do Instituto Alana e organizaram as suas próprias feiras: pequenas e aconchegantes ou grandiosas e marcantes.
Neste ano, estamos novamente repercutindo esta convocação e estimulando todos os nossos colaboradores e leitores a se permitirem vivenciar isso que discutimos aqui há 19 meses: viver na prática uma infância livre de consumismo.
Afinal, o que é essencial para a criança: o brinquedo ou as brincadeiras que ele pode proporcionar? O valor monetário do presente ou os momentos passados em família, montando um quebra-cabeça, brincando com um jogo ou um boneco? O brinquedo que é trocado traz em si a energia da outra família, é mágico saber que outras crianças já brincaram muito e que outras brincarão com aquele brinquedo esquecido no fundo do baú.
A ideia das feiras de troca de brinquedos é tirar o foco do “comprar” e apresentar alternativas aos pais e às crianças. É trazer para o nosso cotidiano um conceito muito badalado ultimamente: o da reutilização. Reaproveitar, trocar e, de quebra, confraternizar.
Estar com as pessoas e negociar, até mesmo se frustrar porque a outra criança não quis trocar o brinquedo dela por nenhum que o nosso filho levou: em um mundo em que tudo está à venda e em que a dependência do outro é considerada uma falha grave, o sucesso da ideia das feiras de troca é um lembrete de que não encontramos tudo o que precisamos para viver nas prateleiras das lojas e supermercados.
E é por isso que o Movimento Infância Livre de Consumismo abraçou a ideia do Instituto Alana. E reiteramos o convite: organize ou leve sua família a uma dessas feiras. Elas acontecerão por todo o Brasil, e a maioria conta com uma boa programação, além da troca propriamente dita: oficinas de brinquedos, recreação, contadores de história, teatro e música.
Se na sua cidade ninguém organizou uma, ainda dá tempo! Use a internet, sua rede de amigos, convide as pessoas para esta conversa. Não precisa ser um evento grande, só alegre e participativo! Deixe que as crianças comandem a troca, aprenda com elas.
Vamos fazer um dia das crianças realmente diferente?
Saiba mais: http://feiradetrocas.com.br/
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