destaque_home / publicidade de alimentos / 24 de janeiro de 2019

O Que Fazer? Algumas propostas do Milc

Texto especial pata o Milc de Debora Regina Magalhães Diniz*

  • Cozinhar em casa e ensinar a cozinhar
  • Ter sempre à mão (do adolescente) alimentos porcionados, de preferência frescos, preparados previamente, de fácil consumo (frutas cortadas, verduras lavadas, frango desfiado, pães de boa procedência, pastas e patê para sanduíches, sopas etc) para facilitar a ingestão contínua e alta de proteína
  • Não ter em casa produtos alimentícios ultraprocessados
  • Articulação com escolas e espaços pedagógicos (cursos extracurriculares) para manutenção de uma cantina saudável – Para desenvolver uma educação alimentar na escola é preciso que toda comunidade esteja engajada: direção, professores, cantineiros, pais e estudantes.
  • Articular-se com movimentos que demandam melhoria de qualidade dos produtos alimentícios
  • Conversar muito com o adolescente sobre as motivações que os levam a consumir alimentos pouco saudáveis e com alto teor de publicidade.

Luz no fim do túnel

É difícil pra nós, para você. É difícil para todos. Comer virou mesmo um problema e estamos um pouco perdidos. Mas, é possível ver uma parte da população buscando comer melhor. Mas sem boa informação todo o esforço em mudança de hábitos pode ser posto a perder.

Muitos adolescentes já não vêem mais tanto glamour no refrigerante quanto as gerações anteriores (prova disso são os números em queda da gigante do setor, seu empenho em obter controle acionário de outros fabricantes de bebidas e sua concentração em propaganda para os jovens). O problema é que ao abandonar o refrigerante para evitar a alta ingestão de açúcar, o jovem pode preferir outra bebida igualmente açucarada, como os sucos industrializados por não compreender bem o rótulo e receber informação errada sobre sua composição.

Vemos uma luz no fim do túnel quando observamos a preocupação das famílias em modificar hábitos arraigados de consumo, ao participarmos de campanha da sociedade civil que melhore o sistema de rotulagem de alimentos, ao receber notícias de trabalhos de professores da educação básica sobre alimentação saudável, implementação de horta escolar, conscientização sobre uso de agrotóxicos ou quando a escola garante que seu espaço será livre de publicidade de alimentos. Mas ainda há muito a caminhar. Muito a construir para resgatarmos nossa liberdade de promovermos uma alimentação saudável e adequada para nossos filhos. Seguimos caminhando.


Este foi o quarto e último texto da Série Especial: Alimentação na Adolescência. Por enquanto.

(*) Debora Regina Magalhães Diniz é mãe de três, cofundadora do Milc, cursou Letras e Semiótica. É professora, doula e educadora perinatal. Atualmente vive no Vale do Paraíba e é uma das coordenadoras da Roda Bebedubem. É ativista e implicante com a sociedade atual desde sempre. 


Tags:  #comidadeverdade #comidadeverdadenãotempublicidade #quemcozinhacomemelhor alimentação na adolescência

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